sexta-feira, 3 de setembro de 2010

É SIMPLES ASSIM


Texto de Floriano Serra

Floriano Serra
Floriano Serra, psicólogo, consultor de empresas para processos comportamentais, palestrante e articulista, autor de vários livros sobre comportamento humano. É especializado em Análise Transacional e Programação Neuro Linguística. Tem pós-graduação em Marketing. Já foi Diretor Corporativo de Recursos Humanos de várias empresas nacionais e multinacionais. Em 1996, pela sua atuação inovadora em RH, recebeu o Prêmio Destaque RH do Ano, outorgado pela revista Gestão Plus & RH em Síntese. Atualmente Floriano é diretor-presidente do IPAT - Instituto Paulista de Análise Transacional (www.ipat.com.br) e da SOMMA4 Consultoria para Desenvolvimento Pessoal e Organizacional. Com frequência, ministra palestras e seminários comportamentais"in company" em todo o Brasil, presta consultoria em Recursos Humanos e Processos Comportamentais, realiza "coatching" e aconselhamento para executivos e continua escrevendo livros e artigos - inclusive mantendo colunas fixas em algumas revistas e sites.

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Em um grande número de organizações, o que não faltam são as "calamidades" comportamentais, algumas das quais, de tanto se repetirem, tornam-se crônicas e, ao mesmo tempo, folclóricas e motivos de lágrimas e risos nos corredores. Essas calamidades podem diferir na forma, mas todas têm uma coisa em comum: detonam o clima interno, acabam com o respeito aos princípios e aos valores da empresa e, por vias indiretas, comprometem as relações entre os colegas e dificultam o cumprimento dos resultados. Os "jeitinhos" e os "jeitões" constituem duas dessas calamidades - dentre outras.

Comecemos pelos "jeitões". Quem, no seu local de trabalho, não tem ou nunca teve um colega ou chefe com um "jeitão" fora dos padrões civilizados? Tomemos o caso de um gestor que é grosseiro de doer, grita e trata seus colaboradores como se fossem máquinas ou coisas insensíveis e sem auto-estima. E quando alguém mais corajoso decide procurar a Alta Direção para fazer queixa daquele assediador moral em série, ouve do maioral: "Ah, não esquenta com isso! É o "jeitão" dele, mas no fundo é ótima pessoa... E, olha, com esse "jeitão" ele faz o pessoal cumprir todas as metas!". E o gestor, com seu "jeitão" anacrônico, continua pelos corredores à fora machucando impunemente a equipe, protegido pela cultura interna que aprova esse "jeitão eficaz" de atingir resultados...

Anote aí: nas empresas que abrigam essa calamidade, "jeitão" é a nova palavra para definir grosseria, falta de modos e de educação, insensibilidade e total desconhecimento da arte de liderar pessoas. Isso me faz lembrar as palavras do guru em administração Stephen Covey, consultor americano, autor do best-seller "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes", que vendeu mais de 15 milhões de exemplares: "A maioria das lideranças ainda está estancada no modelo de trabalhador em que as pessoas são vistas como coisas a ser controladas e reguladas. Mas hoje é imperativo ter consciência de que as pessoas são feitas de corpo, mente, emoções e espírito". Um bom treinamento em sensibilização - com a Análise Transacional, por exemplo - consegue amenizar e em alguns casos até extinguir esses "jeitões".

Outra calamidade são os "jeitinhos". Diariamente, em muitas empresas, as normas, políticas, regulamentos e diretrizes são criativamente dribladas ou ignoradas por "jeitinhos". São aqueles atalhos e "adaptações" que fogem da estrada principal que conduz ao ponto certo, visando "facilitar" o trabalho de muita gente esperta, que esquecem que isso complica e compromete a vida das organizações.

O "jeitinho" existe onde hajam profissionais sem a devida disciplina, paciência e comprometimento para cumprir as etapas e os passos, às vezes, complexos e burocráticos de algumas tarefas e processos, mas que asseguram a excelência e a legalidade do trabalho. Resultado: os milhões gastos pela empresa em programas e projetos de qualidade, excelência e boas práticas de fabricação descem diariamente pelo ralo do desperdício.

Essas calamidades podem ser anuladas pela própria organização, se sua gestão definir e fizer seguir rigorosamente as corretas práticas de trabalho, se investir no desenvolvimento da maturidade comportamental das equipes e em saudáveis e éticos princípios e valores.

Felizmente, em sua grande maioria, as organizações atuam conforme o figurino, sem permitir a ocorrência dessas calamidades. São as empresas vencedoras - não necessariamente as de maior porte e lucro, mas as de maior ética, melhor clima e aquelas com maior preocupação com seu capital humano. Mas ainda há muita gente que parece esquecer o óbvio: numa empresa ou em qualquer organismo social, nenhum "jeitão" comportamental está acima dos direitos e do bem-estar da coletividade, assim como nenhum "jeitinho" está acima do compromisso com as leis e com a qualidade.

É simples assim.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

AS EMPRESAS E A SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL

A Copa do Mundo de Futebol é um evento internacional de grande importância para o meio esportivo e para os negócios. Este evento faz com que haja uma mobilização nacional e até mundial em torno do mesmo.
O Brasil em particular vive este momento como nunca, a população se mobiliza, as empresas param e todos compartilham de um momento único sempre esperando uma retribuição dos jogadores da seleção: a taça que significa o sucesso de um trabalho realizado.
Comparo a seleção a muitas empresas. Para que haja sucesso nas empresas é necessário escolher bem os profissionais, formar equipe, qualificar através de treinamentos e treinar, treinar e treinar. Para que a equipe funcione é necessário ter um líder, aquele que consegue dos seus profissionais a qualidade necessária para executarem as suas tarefas com comprometimento e envolvimento e com um único foco: o sucesso de todos e não de apenas alguns.
Quando o líder é chefe, quando aquele que deveria ser líder entende que tem que se isolar do mundo porque só ele sabe, dificilmente se formam equipes e o sucesso fica distante.
Vamos então fazer um comparativo da seleção com algumas empresas.
Tudo se iniciou há quatro anos atrás com um líder chamado Dunga. Foi líder enquanto capitão da seleção anos atrás mas apenas no nome, e não conseguiu ser líder de um time que tem profissionais que atuam em clubes diferentes e que necessitam de entrosamento para executarem as suas atividades da melhor forma. Para se iniciar a formação de uma equipe precisamos ter os profissionais certos e no lugar certo, devidamente treinados e em condições físicas e emocionais de jogo. Era esta a cara da seleção brasileira? Não. Profissionais escolhidos para representar o país que não tinham condições de o fazer, não só pelo fato de terem sido acometidos por lesões recentes bem como não executaram as suas atividades da melhor forma nos clubes onde jogam. Uma liderança que se escondeu do mundo, da imprensa e com entrevistas sem propósito, com palavrões proferidos que chegou a todos os países, mostrando total descontrole emocional. E quando o descontrole emocional é do líder, os seus liderados não têm como reverter a situação.
Vamos analisar os jogos do Brasil nesta Copa do Mundo. Contra a Coréia, um time sem expressão, com difícil vitória e sem opções nem em campo e muito menos no banco. Contra a Costa do Marfim um pouco melhor em alguns períodos, no entanto demonstrando que o Brasil apenas sabe jogar no contra ataque e que se saísse em desvantagem dificilmente recuperaria. Contra Portugal se reclamou barbaridade da retranca dos portugueses, no entanto não se viu sabedoria para driblar o esquema tático adotado pelo Carlos Queirós, porque simplesmente a seleção brasileira não sabe e não foi preparada para jogar ao ataque. Contra o Chile se jogou um pouco melhor só porque o outro time deixou jogar, não foi por méritos da nossa seleção. Contra a Holanda, e se os líderes tivessem analisado os jogos anteriores dos nossos adversários sabiam que o lado direito deles era muito bom e o lado esquerdo do Brasil muito ruim, foi um desastre o segundo tempo de jogo. Resultado: derrota com dois lances pelo lado direito da Holanda. Estava na cara de todo o mundo, faltavam jogadores em campo com a qualidade necessária para enfrentar obstáculos, faltava qualidade técnica e emocional. O que então se viu? Um time descontrolado exatamente com a cara do técnico naquela entrevista cheia de palavrões e dando murros nas instalações do banco de reservas da seleção.
O que aconteceu com a seleção brasileira nesta copa é o que acontece com algumas empresas. Profissionais contratados sem qualificação, colocados em funções para as quais não têm competência e líderes sem preparo que chegaram nessa posição porque há muito tempo estão na empresa e foram subindo sem treinamentos e qualificação para tal.
Como consultora da área de gestão empresarial e qualidade e diretora da CR Consultoria gostaria que os empresários que eventualmente leiam este artigo iniciem uma análise profunda nas suas empresas e questionem o que realmente está errado. Na maioria dos casos os motivos da falta de sucesso nas empresas são:

1. Falta qualificação dos profissionais para exercerem determinadas funções;

2. Falta treinamento dos profissionais para executarem as suas atividades com qualidade;

3. Falta preparo aos “líderes” que são antigos na empresa e para os quais é necessário dar status;

4. Falta a noção do que é efetivamente trabalho em equipe;

5. Falta equilíbrio emocional quando os resultados precisam ser revertidos;

6. Falta planejamento claro e objetivo.


Alguma semelhança entre a seleção brasileira e algumas empresas?

E para terminar este artigo só mais uma questão. Qual é o verdadeiro papel do líder nas vitórias e nas derrotas? É estar junto, incentivar, participar, fazer parte da equipe. Esse foi o papel do Maradona, por exemplo, na derrota da sua equipe. E que derrota, mas nem por isso deixou de ter o seu papel de liderança. Infelizmente isso não foi visto na seleção brasileira com o ex-técnico Dunga. Infelizmente em algumas empresas a situação é exatamente a mesma.

Depois não têm sucesso e não sabem o motivo!

Pensem e meditem porque o que aconteceu com a seleção brasileira acontece em muitas das nossas empresas.

Mãos à obra para mudarmos estas atitudes.

A mudança é a única certeza!

04/07/2010 Cecília Rijo – Diretora da CR Consultoria

quarta-feira, 23 de junho de 2010

"O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem."

Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.
Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.
Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.
O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem.
Mas, para obter resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois infelizmente ela não é modelo de sucesso.
Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas.
Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão.
Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende de dedicação.
Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica.Mas toda mágica é ilusão. A ilusão não tira ninguém de onde está.
Ilusão é combustível de perdedores.
"Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa".

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Relacionamento profissional também exige esforço

A parceria com colegas de trabalho nada mais é do que um casamento de características pessoais e profissionais, que como outro qualquer, exige muita dedicação, flexibilidade e força de vontade para fazer o relacionamento dar certo. Muitos profissionais esquecem-se de que as relações no ambiente de trabalho funcionam de forma muito parecida com os relacionamentos afetivos e por isso podem enfrentar problemas de incompatibilidade.

A diversidade engrandece o ambiente, nos faz ir além, buscar mais, superarmos a nós mesmos, ela traz a soma de forças. Mas é preciso saber cultivá-la. Dentro de um contexto diversificado, encontramos personalidades diferentes que, juntos, formam uma personalidade maior – a empresa, cujos objetivos e metas devem estar em sintonia com os objetivos pessoais.

Sempre acreditei que a diferença entre dois profissionais não está no trabalho que desenvolvem, mas sim, na dimensão que cada um dá ao seu trabalho. Desta forma, seu networking de relacionamentos e a inteligência emocional influenciarão diretamente na busca do sucesso.

Levanto aqui algumas características que, como num casamento afetivo, devem existir na relação profissional entre líder e liderados, entre as pessoas e entre profissionais:

Entusiasmo – Uma pessoa feliz e simpática, com paixão pelo que faz transmite isso aos colegas e torna-se uma grande companhia. Contagia as pessoas com seu otimismo e influencia os outros a agir da mesma forma, trazendo melhores resultados concretos para a empresa.

Auto-Consciência – É preciso conhecer-se bem e conhecer o outro, entender as suas razões e emoções para pode identificá-las nos outros e lidar com elas de forma positiva. É preciso sentar-se no lugar do outro e deixar de ser prepotente.

Atitude positiva – Acreditar no que você faz é meio caminho andado para o sucesso. Quem tem energia positiva faz as coisas acontecerem e não se deixa desmotivar por pequenas adversidades.

Comprometimento e lealdade – Você tem que ter admiração pela empresa e pelo colega de trabalho, caso contrário a parceira não funciona. Comprometimento significa conhecer a fundo o negócio da empresa, o setor, o líder e sua forma de trabalho, podendo auxiliá-lo de forma pró-ativa e com iniciativa, pensando no impensado e fazendo antes que algo seja dito. Assim como num casamento entre homem e mulher, este item é crucial para a formação de uma base sólida para o relacionamento.

Um “olho” para detalhes – Todo profissional deve ser detalhista e prover o líder com o maior número de informações possíveis. A relação fica melhor quando este pode dar, em troca, informações significativas para uma atuação mais participativa e assertiva de sua equipe.



Discrição e confiabilidade – Para haver transparência é necessário que haja a confiança de ambos os lados de que tudo que é discutido no escritório é confidencial e diz respeito apenas a quem está envolvido no projeto.

Comunicação aberta - Um canal de comunicação sincero, honesto, objetivo e claro é crucial para qualquer relacionamento, especialmente o profissional, onde tempo significa negócios e dinheiro.

Humildade – Para saber ouvir, saber pedir ajuda e saber reconhecer seus próprios erros.

Serenidade – Para ultrapassar períodos de stress e tensão, de grande volume de trabalho e sobrecarga emocional em função de prazos e importância dos projetos.

O relacionamento profissional exige um grande investimento de tempo e energia, focando a sintonia para criar uma parceria de sucesso, que nada mais é, do que um casamento feliz!

E você já viu melhores resultados do que aqueles criados por um casamento feliz?

Tive algumas experiências de conflitos nestes longos anos de mercado e que me trazem frustrações a todo o instante. Imaginem prestar serviços de consultoria, ser contratada pela Diretoria de empresa e chegar à conclusão que são os Diretores e Gerentes os grandes responsáveis dos problemas nas empresas e dos conflitos gerados, mas não assumem. Revoltam-se quando você chega e comenta que o problema são eles. As pesquisas não falham quando apontam que 85% dos problemas nas empresas são criados pelos Diretores e Gestores e são estes problemas que geram conflitos entre as pessoas.

Sabem o que falta?

Falta humildade, serenidade, comunicação aberta, discrição e confiabilidade, um “olho” para detalhes, comprometimento e lealdade, atitude positiva, auto-consciência e entusiasmo.

Como fazer para administrar esses conflitos gerados pela personalidade muitas das vezes até agressiva?

MUDANÇA, essa é a palavra chave, sem ela nada acontece e os conflitos continuam dominando e prejudicando empresas que poderiam ser até modelos no mundo dos negócios. As pessoas precisam estar abertas para as mudanças e precisam quebrar paradigmas, suas crenças. Ninguém é dono da verdade, ninguém é dono do mundo!

Esse é o motivo que o lema da CR Consultoria é:

“A Mudança é a única certeza”

Cecília Rijo – Diretora da Cr Consultoria

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A Águia e as Galinhas

A Águia e as galinhas

Um camponês criou um filhote de águia junto com suas galinhas.

Tratando-a da mesma maneira que tratava as galinhas, de modo que ela pensasse que também era uma galinha.

Dando a mesma comida jogada no chão, a mesma água num bebedouro rente ao solo, e fazendo-a ciscar para complementar a alimentação, como se fosse uma galinha. E a águia passou a se portar como se galinha fosse.

Certo dia, passou por sua casa um naturalista, que vendo a águia ciscando no chão, foi falar com o camponês:

- Isto não é uma galinha, é uma águia!

O camponês retrucou: - Agora ela não é mais uma águia, agora ela é uma galinha!

O naturalista disse: - Não, uma águia é sempre uma águia, vamos ver uma coisa...

Levou-a para cima da casa do camponês e elevou-a nos braços e disse:

- Voa, você é uma águia, assuma sua natureza !

- Mas a águia não voou, e o camponês disse:

- Eu não falei que ela agora era uma galinha !

O naturalista disse: - Amanhã, veremos...

No dia seguinte, logo de manhã, eles subiram até o alto de uma montanha.

O naturalista levantou a águia e disse: - Águia, veja este horizonte, veja o sol lá em cima, e os campos verdes lá em baixo, veja, todas estas nuvens podem ser suas.

Desperte para sua natureza, e voe como águia que és...

A águia começou a ver tudo aquilo, e foi ficando maravilhada com a beleza das coisas que nunca tinha visto, ficou um pouco confusa no início, sem entender o porquê tinha ficado tanto tempo alienada.

Então, ela sentiu seu sangue de águia correr nas veias, perfilou de vagar, suas asas e partiu num vôo lindo, até que desapareceu no horizonte azul."

Criam as pessoas como se galinhas fossem, porém, elas são águias.

Todos podemos voar, se quisermos.

Voe cada vez mais alto, não se contente com os grãos que lhe jogam para ciscar.

Nós somos águias, não temos que agir como galinhas, como às vezes querem que sejamos.

Pois com uma mentalidade de galinha fica mais fácil controlar as pessoas, elas abaixam a cabeça para tudo, com medo.

Conduza sua vida de cabeça erguida, respeitando os outros, sim, mas com medo, nunca!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Evolução das Relações com o Cliente no Brasil

Alexandre Diogo
Presidente do IBRC


Ouvia sempre os mais velhos fazerem referência ao tempo quando compravam nos pequenos comércios de bairro. "Era mais fácil, se tínhamos algum problema com um funcionário ou mercadoria, a gente falava com o dono e via a providência sendo tomada na hora! Hoje é tudo por telefone, e nem sempre resolve, não. Mas já foi pior, houve um tempo que não tinha nem como falar com o dono nem como ligar pro SAC. Mas ainda preferia o atendimento exclusivo dos mercadinhos."

Fiquei impressionado como nesta frase, um tanto saudosista é verdade, ela resume com a simplicidade característica dos mais velhos, a evolução do relacionamento das empresas com seus clientes no Brasil, e penso que inclusive aponta para uma tendência de futuro.

Com a produção de escala, e a proliferação das grandes redes em todos os ramos de atividade, o atendimento "exclusivo" prestado pelo dono do negócio deixou de ser possível. Somou-se a isso uma economia nacional de poucas empresas, e uma grande estatização. Sem concorrência, passamos por um momento onde os clientes eram praticamente ignorados.

Mas finalmente há pouco mais de uma década começamos a reescrever esta história.

Um importante marco desta volta por cima, foi o advento no início dos anos 90 do CDC – O Código de Defesa do Consumidor, cujo maior impacto não foi jurídico, mas social: a conscientização do Cliente de seus direitos.

É claro que além do CDC muitas coisas contribuíram para a mudança gradual deste relacionamento, como a grande disseminação da informação, em especial com o advento da rede mundial, a Internet, a estabilidade econômica, a abertura do mercado nacional aos importados, a política de privatizações, em particular das empresas de telecomunicações, etc.

Isto estabeleceu um alto nível de competição com uma crescente equiparação de preços e produtos, e um novo perfil de consumidor emergiu na sociedade brasileira, alinhado com o que se verificava no resto do mundo frente à globalização: O brasileiro também passou a ter um alto nível de exigência e ser cada vez mais sensível a valor agregado, afinal tem nas mãos a maior de todas as armas: O poder da escolha.

Neste contexto, as empresas despertaram para a necessidade de se relacionarem e muito bem com seus clientes, percebendo que era necessário algo mais que ser excelente em seu negócio, para conquistar e principalmente mantê-los.

Muitos e importantes avanços ocorreram neste período. A proliferação dos SACs e Serviços de Relacionamento em geral, hoje a indústria que mais emprega no Brasil, o advento do CRM na busca de entender e atender o cliente, etc, são uma clara demonstração do quanto evoluímos. Temos inclusive cases nacionais de relacionamento que são benchmark para as matrizes estrangeiras.

Mas ainda há muito para se fazer!

Ainda temos, por exemplo, o desafio da personalização no atendimento, do tratamento particularizado, de tratar a exceção e não apenas a regra, administrar a experiência do cliente, de forma única. E é aí que entra uma tendência cada vez mais sólida no mercado de relacionamento: A ouvidoria.

Em muitas empresas, onde a característica do negócio e em especial o volume de contatos não permitem este atendimento da exceção, ter um ombudsman é inequivocamente uma solução.
Longe de competir com os SACs e Call Centers, as ouvidorias complementam estes serviços e agregam valor inestimável às organizações.

Estamos iniciando mais uma etapa neste avanço fantasticamente ágil das relações de consumo no Brasil, estou certo que em breve, por meio das ouvidorias/ombudsmen, os ‘antigos’ poderão, em suas lembranças, dizer que retornamos aos tempos do “atendimento exclusivo”.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O Sistema de Gestão da Qualidade é importante para você ?



Um Sistema de Gestão da Qualidade visa tornar uma empresa mais ágil, qualificada e preparada para um mercado cada vez mais competitivo e exigente. Busca integrar e motivar todos os seus participantes na obtenção de resultados.

A decisão por implantar um SGQ em uma organização é uma opção estratégica e deve ser tomada pela alta direção. Esta decisão visa melhorar e padronizar:

1 – A sistemática de Gestão, tornando a empresa mais moderna, prática, dinâmica e efetivamente integrada;

2 – A efetividade das atividades relacionadas ao sucesso da organização;

3 – A Visão Estratégica através de uma Abordagem de Processos, permitindo melhores níveis de controle e melhoria contínua;

4 – Tornar a qualidade uma “filosofia administrativa” fazendo parte de todas as ações e iniciativas da empresa.

O Elemento Central: o Homem

“Não são máquinas, equipamentos ou materiais que fazem a Qualidade, e sim Homens”.

Hoje não podemos ter funcionários nas empresas e sim colaboradores. Os colaboradores são aqueles que além da técnica necessitam ter comportamento, este é o novo profissional.

Novo Profissional – Técnica aliada a comportamento.

Os colaboradores necessitam ser comprometidos e envolvidos totalmente com a empresa, não dá mais para se brincar no mercado competitivo de hoje.
O envolvimento refere-se ao trabalho.
Já o comprometimento está relacionado à empresa.

O funcionário envolvido está satisfeito com seu emprego, sente orgulho ao falar sobre ele e não vê a atividade apenas como uma forma de ganhar a vida. Mas esse profissional não está, necessariamente, satisfeito com a empresa em que trabalha.

O funcionário comprometido, por outro lado, tem orgulho da organização, recomenda seus produtos e serviços e vê a empresa como um dos melhores lugares para se trabalhar. Esse colaborador associa o seu sucesso profissional à empresa.

Os profissionais que não estão envolvidos nem comprometidos geralmente têm baixa produtividade e podem espalhar esse sentimento de 'baixo-astral‘ entre os demais.

Os que estão envolvidos, mas não comprometidos, podem apresentar uma excelente performance. Mas a empresa corre o risco de perdê-los para outra companhia que expresse valores mais próximos dos seus.

Por isso, o profissional ideal para a empresa é aquele que adora seu trabalho e veste a camisa da empresa. Este é o verdadeiro colaborador!



“A sabedoria da vida não está em fazer aquilo que se gosta, mas em gostar daquilo que se faz.”
(Leonardo da Vinci)

















Só com funcionários envolvidos e comprometidos, a quem chamo de colaboradores, podemos ter Sistemas de Gestão da Qualidade nas empresas como forma de gerenciamento das mesmas através de resultados.

Pensem nisso!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Derrube o muro que separa você de você mesmo

Derrube o muro que separa você de você mesmo!

Escute mais as coisas do coração! Do seu coração! Abra-se para a vida!

E derrube o muro que separa você de você mesmo! Seja verdadeiro! Seja simples! Sempre!

Fique bem atento aos pensamentos que estão alimentando o seu coração e comece a tomar mais cuidado com a qualidade desses pensamentos.

Perceba o que eles estão provocando e o que você tem colhido. Comportamento é tudo!

Aceite-se mais! Reconheça-se mais! Trabalhe mais os seus pontos fracos.

E quanto aos pontos fortes, que você sabe que tem, deixe-os ainda mais fortes.

Acalme mais toda vaidade e todo orgulho que é natural sentir, viu?

Domine mais a sua necessidade de parecer ser alguém que não é! Cuide melhor das suas necessidades de ser amado, aceito, considerado, valorizado.

É você que se constrói a cada dia! Por isso, é bom uma auto-análise feita por quem mais entende de você: você mesmo!

Fique aberto e disposto a ser uma pessoa melhor, mais tolerante, mais flexível, mais compreensível, mais doce, mais amável, mais humana e solidária!

Vale a pena viver!

E isso você já sabe, por isso, fique do seu lado e seja o seu melhor amigo.

Dê mais chance a você mesmo, aprenda a recomeçar porque sempre é tempo e hoje é um novo dia, mas o faça de forma clara sem prejudicar o outro.

Todo mundo tem o seu valor, viu? Ninguém é inferior ou superior a ninguém! Ninguém é menos ou mais!

Coloque-se sempre ao lado da verdade, impondo-a dentro de si mesmo! Por você e pra você! O seu comportamento vai ser reflexo disso!

A vida é como um livro: não importa que seja longa, contanto que seja boa!

CR Consultoria

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

QUE O ANO DE 2010 SEJA UM ANO DE MAIS AMOR ENTRE AS PESSOAS


Acompanhei a tragédia de Angra dos Reis, do Rio de Janeiro e de São Paulo neste final de ano. Muito triste ver as imagens de perfeita destruição de famílias inteiras, de casas, de locais para lazer, enfim o fim de uma vida terrestre.
O próprio homem está se destruindo aos poucos, o clima está mudando no mundo inteiro. A cada dia que passa não sabemos o que vem pela frente, tudo é uma incerteza.
Fiquei emocionada ao ver pessoas que são verdadeiros seres humanos, que se arriscaram para salvar vidas, o que chamamos de pessoas com amor para dar, o que chamamos de solidariedade.
Infelizmente são poucas as pessoas que pensam grande, que têm o coração do tamanho do mundo e que sabem do seu papel neste planeta.
Vemos diariamente notícias de roubos, assaltos, corrupção, traições pessoais e profissionais e vamos ficando assustados como o mundo se vem deteriorando.
Vemos diariamente pessoas com promessas não cumpridas, com falsas palavras, com falsos sentimentos e é assim que vivemos rodeados de pessoas que no fundo não conhecemos. Assustador!
No final de 2009 ao fazer a reflexão anual me deparei com situações de perfeita decepção com o ser humano. Cheguei a pensar que aquele ditado que diz: “Cada um por si e Deus por todos” é a mais perfeita das verdades neste mundo em que vivemos e que são poucos os que têm sentimentos verdadeiros, sentimento de amor ao próximo e de carinho por quem o rodeia.
Mas continuo acreditando!
Nos últimos anos dediquei parte do meu tempo profissional a trabalhar pessoas porque entendo que sem elas é difícil conseguirmos sucesso seja pessoal, seja profissional.
É preciso acreditar nas pessoas que possuem algo mais... Aquelas que, às vezes, a gente confunde com anjos e outras divindades... Digo daquelas pessoas que existem em nossas vidas e enchem nosso espaço com pequenas alegrias e grandes atitudes... Falo daquelas que te olham nos olhos quando precisam ser verdadeiras, tecendo elogios, que pedem desculpas com a simplicidade de uma criança... Pessoas firmes... Verdadeiras, transparentes, amigas. Que com um sorriso, um beijo, um abraço, uma palavra te faz feliz... Aquelas que erram... Acertam... Não têm vergonha de dizer não sei... Aquelas que sonham... Aquelas amigas... Aquelas que passam pela vida deixando sua marca, saudades, aquelas que fazem a diferença...
Como é bom ter alguém que pode nos ajudar a fazer o bem para os que mais necessitam. Eu posso sonhar, criar e construir idéias para um mundo melhor, mas é necessário para que esses sonhos se tornem realidade que existam pessoas com esses mesmos objetivos, e essas pessoas acredito que encontramos aqui. Portanto, acreditando em um mundo melhor que possa ser mudado e vivido por pessoas melhores, temos que começar a dar valor às mínimas coisas da vida, para que estas com o passar do tempo se tornem o nosso verdadeiro ideal de viver.
É com este humanismo que vamos formando uma corrente de solidariedade, esperança e afeto. Assim como nada neste mundo se faz só, precisamos de humanos, que como nós, serão mais uma fatia desta imensa corrente. Estes "hoje" são chamados de amigos, companheiros.
Vocês serão anjos da esperança, sentirão na pele a felicidade de uma família ao ver que quando tudo parece perdido mas sempre há uma luz lá no fim do túnel. Sentirão uma lágrima brotar nos olhos, mas não se envergonhem isso é só um dos sintomas de um ser humano.
Afinal, Deus fez abismos para que o homem compreendesse as montanhas. Fez obstáculos para que o homem louvasse os prazeres. E fez você para que com ele descobrisse a vida que há pela frente e encontrasses a felicidade.

Pense nisso e não desanime nunca de semear o bem. Seja como o beija flor, que não desiste de fazer a sua parte mesmo sabendo que, sozinho, jamais será capaz de apagar o incêndio da floresta. Construa o mundo à sua volta como você deseja que ele seja. Leve Luz onde houver trevas...

Venha fazer parte desta corrente de solidariedade, de esperança e de afeto.
Sabe como?
Dando todo o seu amor, aquele que deve existir em você, aquele que Deus te deu para doares ao próximo.

Que o ano de 2010 que agora chega possa trazer mudanças no ser humano, que seja o ano do amor, da ética, da honestidade, da verdade. Não precisam acontecer tragédias para que o ser humano demonstre a solidariedade que deve demonstrar diariamente. Sabe por quê? Porque todos somos iguais, verdadeiros seres especiais, criados por Ele, todos com a mesma capacidade, os mesmos dons, os mesmos princípios e, acima de tudo, o mesmo amor colocado no coração de cada um de nós pronto para ser doado aos outros.

Seja mais AMOR em 2010! Seja 10 em 2010! Feliz 2010 para todos!

Com carinho da CR Consultoria