segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Motivação para a Qualidade


Os dois amigos estavam conversando no refeitório da empresa. Como fazem habitualmente, aproveitam esse tempo para conversar sobre suas equipes, os problemas que cada um está enfrentando e os desafios que aparecem. Algumas vezes a conversa tem a dimensão de um coaching, pois o mais novo havia integrado a equipe do mais velho e, graças a ele, progredido na empresa e ocupando hoje uma posição de supervisão. Neste dia o jovem apresentava um semblante pesado e estava mais calado que o habitual. O amigo, percebendo que alguma coisa não estava indo bem, iniciou a conversa:

- Então, o que está pegando? Qual o problema que está lhe deixando assim tão preocupado?

- Estou me questionando se você realmente fez bem ao me indicar para esta posição, às vezes sinto que não sou a pessoa certa, que ainda não estava preparado para assumir uma posição de supervisão.

- Na verdade, nós nunca estamos preparados, por mais que a gente estude e se esforce. Mesmo que nós almejemos uma posição de destaque, nos nunca estaremos prontos. Pois a experiência só vem com a prática. Mas porquê você acha isso? O que não está dando certo?

- É o meu pessoal, eu sinto que eles querem fazer as coisas da maneira correta, mas os problemas se sucedem, e eu não consigo fazer com que se motivem para a qualidade.

- Bom, vamos começar do básico. O que você entende sobre motivação?

- Já li em alguns livros. Do que estudei, posso dizer que a motivação é a vontade de agir, de fazer alguma coisa.

- Sua definição está correta, porém existem muitas coisas mais sobre motivação. Ela pode também ser entendida como as razões que levam uma pessoa a se comportar de determinado modo com a finalidade de atingir determinados objetivos. Muitos pensadores buscam respostas na tentativa de descobrir como fazer com que os colaboradores trabalhem mais, qual a forma de melhorar seu desempenho, a assiduidade, e outras...

- Na verdade, estas são as minhas perguntas. Como é que eu consigo o melhor desempenho possível de meu pessoal? Afinal sei que meu sucesso depende da performance deles.

- E o desempenho deles depende principalmente de sua atitude com relação a eles.

- Sim, estou certo disso. Ás vezes fico pensando porque o pessoal tem certos comportamentos, afinal eles assinaram um contrato de trabalho com a empresa, dessa forma deveriam disponibilizar seus recursos para executarem as atividade da melhor forma possível. Em troca a empresa retribui este trabalho com o salário e os benefícios. Pois ninguém foi contratado para fazer o trabalho mal feito.

- Este é um modo simplista de ver as coisas. Porém existe uma espécie de “contrato psicológico”, que estabelece as expectativas do colaborador e da empresa. Por exemplo, o colaborador espera trabalhar em um ambiente seguro, saudável e ser bem tratado. A empresa, por seu lado, espera dedicação, empenho e assiduidade por parte do colaborador. Nós temos a obrigação de assegurar que as expectativas dos indivíduos sejam atendidas. Caso não sejam, ocorre a frustração e com certeza ele não dará o melhor de si no cumprimento de suas tarefas.

- Mas, isso é mais fácil de falar do que fazer...

- Com certeza, a teoria da motivação busca definir o que fazer para que as pessoas tenham o melhor desempenho. Porém não existe consenso e até mesmo opiniões completamente divergentes.

- É aí que a coisa pega, pois se existem tantas teorias como vou saber qual a certa?

Por: Emanuel E. de Lima

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Gestão da qualidade da informação

As empresas vivem hoje uma realidade que as deixa cada dia que passa mais dependentes da assertividade dos seus dados. As informações subsidiam decisões estratégicas, influenciam a imagem e a credibilidade da empresa e são alvos de regulamentações e leis.

Problemas nos dados cadastrais de clientes impedem o cumprimento de requisitos legais e de compliance, dados de contato incorretos causam aumento dos custos operacionais e geram desperdícios, baixa qualidade dos dados de produtos distorcem os resultados da empresa. Todos esses fatores aumentam o risco da empresa e diminuem a agilidade de introduzir novos negócios e produtos.

Essas questões são agravadas em empresas globalizadas e em empresas que sofreram processos de fusões e aquisições, pois os sistemas descentralizados aumentam a dificuldade para garantir a integridade e sincronização dos dados, gerando mais inconsistências e dados incorretos. Por isso, é necessário que algumas medidas sejam tomadas visando resolver os problemas de qualidade de dados e permitir a gestão das informações de forma ágil e permanente.

Processos de qualificação de informação empregam diversos recursos tecnológicos para garantir que todas essas questões sejam atendidas, empregando diversas etapas como, por exemplo, investigação e análise dos dados, formatação e padronização das informações, algoritmos sofisticados para comparação aproximada de textos, bem como a utilização de informações de referências confiáveis para validações e enriquecimento dos dados, geração de campos indicadores de status de qualidade/confiabilidade da informação, além de monitoramento e gestão da qualidade dos dados. 

Os softwares de integração & qualidade de dados estão cada vez mais robustos e eficientes para permitir a análise detalhada, processar e tratar grandes volumes de dados, independentemente do ambiente tecnológico, sendo possível atuar de forma preventiva. Adotando a utilização desses processos e mecanismos na entrada dos dados, é possível identificar os problemas de forma real-time e aumentar o nível de qualidade das informações que serão armazenadas. 

A customização e adaptação às necessidades e características do negócio de processos previamente desenvolvidos, encurtam o ciclo de desenvolvimento e o tempo de implantação das soluções, trazendo resultados sólidos e confiáveis rapidamente, abrangendo todo o ciclo de qualidade de dados para garantir e aumentar o nível de assertividade das informações. Os processos contemplam a identificação dos problemas de qualidade (data profiling), formatação, padronização e tratamento dos dados, enriquecimento com fontes confiáveis, identificação de duplicidades e escolha e composição dos melhores registros e, principalmente, de processos de monitoramento e gestão da informação.

O monitoramento e a gestão da informação torna-se fundamental devido à dinâmica dos negócios e velocidade dos processos tecnológicos e, sem essas etapas, em curto prazo após a implantação das soluções, novos problemas de qualidade surgem.

Os processos devem ser periodicamente ajustados e refinados para que os resultados obtidos, a consistência dos dados e a assertividade das informações sejam garantidos, atendendo todos os requisitos de negócios de forma permanente.



Por: Diogo Horta

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Maximizando a Qualidade

A qualidade humana se reflete diretamente na excelência e na qualidade profissional!

Não podemos pensar em termos de qualidade sem pensarmos em termos de processos, sistemas. E todos eles, ainda que tecnologicamente gerenciados e aplicados, têm por base a ação humana, portanto, estão sujeitos às suas particularidades, defeitos e virtudes.

Assim, todo foco em qualidade deve considerar prioritariamente o elemento humano, que elabora, desenvolve e/ou executa determinadas funções, todas vitais, dentro de uma organização.

A qualidade humana pode ser tratada em 3 aspectos básicos sob a ótica do relacionamento processual:

  • O nível de qualidade obtido nos relacionamentos intrapessoais (o indivíduo consigo)
  • O nível de qualidade obtido nos relacionamentos interpessoais (o indivíduo com o outro)
  • O nível de qualidade obtido nos relacionamentos corporativos (o indivíduo com a empresa como um todo)

Existe uma espécie de tripé da qualidade relacional, composto por:

  1. Pessoas
  2. Percepções e
  3. Processos

Qualidade é uma resultante da equação: pessoas percepções processos

As particularidades das pessoas: sua personalidade, caráter, temperamento, seus antecedentes, compõe um todo. É do equilíbrio deste ser integral que depende em última instância todo o processo de qualidade. Se quisermos mais qualidade teremos que ampliar a capacitação das pessoas, ampliar a sua percepção e/ou aprimorar os processos.

A mudança em uma das variáveis determinará também uma alteração nas demais. Vejamos:

Para alterar a percepção de uma pessoa temos que considerar: sua cultura, crenças, valores e experiências. Se lhe fornecermos uma experiência altamente significativa, esta experiência (uma vez vivida) alterará as opiniões que ela tinha a priori (incluindo preconceitos) com respeito a uma determinada atividade, pessoa ou processo.

Uma coisa é o conceito, outra é a experiência. E isto é fundamental!

É freqüente a queixa de gerentes e supervisores de que as equipes e/ou funcionários não fazem exatamente o que deveria ser feito ou, o que se esperava que fizessem. o­nde está o problema?

Conceito apresentado não é o mesmo que conceito vivenciado: se não criarmos mecanismos para interiorização de um conceito como parte da cultura de um indivíduo, ele o reconhecerá, mas, não o aplicará!

Mudando sua percepção, a relação deste profissional com as demais pessoas que compõe seu universo de trabalho se altera e o mesmo acontece na sua relação com os processos.

É fácil entender isto: observe as campanhas de prevenção de acidentes e doenças!

Tratar teoricamente de acidentes de trânsito não reduz significativamente estatísticas de acidentes. Afinal, o­nde está a experiência? Quem já passou por um acidente, este sim, compreenderá melhor a situação e buscará de maneira efetiva evitar que o mesmo lhe ocorra outra vez. Eis a experiência.

Para mudar as percepções de uma pessoa e alinhá-la para a ótica da qualidade é preciso proporcionar-lhe experiências, colocá-la em contato com fatos e situações reais.

De igual maneira se você apresenta um novo processo para alguém. A tendência será quase sempre a da manutenção do processo antigo, já conhecido. Ele não gera ansiedade, nem esforço de novo aprendizado. Então, quando o novo nos interessa?

Quando experimentamos e notamos que ele nos dá mais prazer, facilita nosso trabalho, que o custo do esforço do novo aprendizado é bem menor que os esforços que o novo processo nos traz.

Se não formos capazes de fazer com que o indivíduo vivencie isto, não poderemos motivá-lo a tentar!

A interação entre as pessoas não é diferente:

Um gerente, um supervisor, tem que conhecer a função dos seus subordinados, a ponto de realizá-las tão bem ou melhor do que eles, assim contará com o poder da experiência e a força do exemplo!

Quanto mais um indivíduo expande seus horizontes, incorpora novos conhecimentos e trabalha seus conflitos, melhor será o resultado do seu trabalho e de suas interações. Todo trabalho pode ser melhorado.

Trabalhar o ser humano de uma maneira integral é o caminho para ampliar os níveis de Qualidade em todos os setores da vida.

Utilize:

  • A força do argumento (o poder da verdade)
  • O poder do exemplo (mostre que é possível e como é possível)
  • Transforme conceitos em experiências (promova o encontro da teoria com a realidade)
  • Ajude as pessoas a serem felizes. Colabore com a vida pessoal delas.
  • Elas lhe responderão com mais, muito mais QUALIDADE.

Por: Carlos Hilsdorf

terça-feira, 19 de julho de 2011

10 MANDAMENTOS DA QUALIDADE

1. Ao acordar, não permita que algo que saiu errado ontem seja o primeiro tema do dia. No máximo, comente seus planos no sentido de tornar seu trabalho cada vez mais produtivo.
PENSAR POSITIVO É QUALIDADE

2. Ao entrar no prédio de sua empresa, cumprimente cada um que lhe dirigir um olhar, mesmo não sendo colega de sua área.
SER EDUCADO É QUALIDADE

3. Seja metódico ao abrir seu armário, ligar seu terminal, disponibilizar os recursos ao redor. Comece relembrando as notícias de ontem.
SER ORGANIZADO É QUALIDADE

4. Não se deixe envolver pela primeira informação de erro recebida de quem talvez não saiba de todos os detalhes. Junte mais dados que lhe permitam obter um parecer correto sobre o assunto.
SER PREVENIDO É QUALIDADE

5. Quando for abordado por alguém, tente adiar sua própria tarefa, pois quem veio lhe procurar deve estar precisando bastante de sua ajuda e confia em você. Ele ficará feliz pelo auxílio que você possa lhe dar.
SER ATENCIOSO É QUALIDADE

6. Não deixe de alimentar-se na hora do almoço. Pode ser até um pequeno lanche, mas respeite suas necessidades humanas. Aquela tarefa urgente pode aguardar mais 30 minutos. Se você adoecer, dezenas de tarefas terão que aguardar a sua volta, menos aquelas que acabarão por sobrecarregar seu colega.
RESPEITAR A SAÚDE É QUALIDADE

7. Dentro do possível, tente se agendar (tarefas comerciais e sociais) para os próximos 10 dias. Não fique trocando datas a todo momento, principalmente a minutos do evento. Lembre-se de que você afetará o horário de vários colegas.
CUMPRIR O COMBINADO É QUALIDADE

8. Ao comparecer a estes eventos, leve tudo o que for preciso para a ocasião, principalmente suas idéias. E divulgue-as sem receio. O máximo que poderá ocorrer é alguém poderoso ou o grupo não aceitá-la. Talvez mais tarde, em dois ou três meses, você tenha nova chance de mostrar que estava com a razão. Saiba esperar.
TER PACIÊNCIA É QUALIDADE

9. Não prometa o que está além do seu alcance só para impressionar quem lhe ouve. Se você ficar devendo um dia, vai arranhar o conceito que levou anos para construir.
FALAR A VERDADE É QUALIDADE

10. Na saída do trabalho, esqueça-o. Pense como vai ser bom chegar em casa e rever a família ou os amigos que lhe dão segurança para desenvolver suas tarefas com equilíbrio.
AMAR A FAMÍLIA E OS AMIGOS É A MAIOR QUALIDADE

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O VELHO E A QUALIDADE

Um certo homem estava em uma estrada sem rumo, em certo momento parou para descansar de sua longa caminhada, já cansado sentou-se a beira da estrada e começou a pensar sobre as possibilidades que poderiam acontecer nos próximos dias.

Seu rumo ainda incerto, mas a sua vontade era encontrar um local bonito e que pudesse descansar em sua velhice já tão presente.

Mesmo cansado, levantou-se e continuou a caminhar, quando se deparou com um grande buraco em seu caminho.

Um pouco assustado, pensou novamente como poderia vencer aquele obstáculo, então diante do buraco deu um pulo sobre ele, conseguindo chegar ao outro lado, espantado com a sua reação imaginou, nossa, ainda tenho forças!

Depois deste ato de superação, sua motivação continuou ainda maior, não olhou para trás e continuou a caminhar.

Tempos depois novamente encontrou um novo buraco, este um pouco maior, parou e pensou como poderia chegar ao outro lado.

Novamente conseguiu encontrar forças para vencer esta barreira, e feliz, imaginou como poderia já tão cansado novamente saltar um buraco, porém este um pouco maior.

Fitou seu olhar para o horizonte daquela estrada e notou a presença de novos buracos, de fato não conseguiria continuar sua viajem com tantas barreiras.

Neste momento olhou para traz e viu aqueles dois buracos que já havia superado, porém neste momento tomou a iniciativa de voltar e tampar aqueles buracos, mesmo sem ferramentas e com as próprias mãos completou aquela árdua tarefa.

Em seu pensamento imaginava outras pessoas tendo a mesma dificuldade, por isso encontrou seu objetivo que era a de ser útil para terceiros tampando os buracos daquela estrada, mesmo não sendo reconhecido, manteve-se firme em seu objetivo.

Ao final desta estrada e após inúmeros buracos tampados, o velho homem já cansado e sujo acabou indo ao chão, sozinho em meio ao nada, começou a chorar devido a sua solidão e também a falta de apoio.

Logo após alguns minutos chegou próximo a ele, um menino e perguntou, o que o senhor faz deitado no chão?

O velho novamente assustado olhou para o menino pensando de onde ele veio? E perguntou, qual o seu nome? O menino logo respondeu, Qualidade.

E o que você faz aqui Qualidade?

Eu sou responsável pela preservação dos buracos.

O velho chateado indagou, mas como assim? Você quer preservar os buracos?

Sim, respondeu Qualidade, estes buracos tem como sua função de proteger sementes que acabo de colocar, e quando você tampou os buracos, matou estas sementes, pois ainda novas, elas necessitam de ar.

O velho novamente perturbado pergunta, plantar arvores tudo bem, mas no meio de uma estrada não é o correto não é?

Qualidade respondeu, isso não é uma estrada e sim canal de acesso ao rio mais próximo, onde busco agua para estas sementes.

O velho pergunta novamente, eu não quero ser chato, mas isso parece uma estrada, e porque você tem tanto interesse em plantar arvores?

Qualidade salientou que o local estava sem qualquer cuidado e por isso resolveu plantar sementes para deixar o local mais bonito e por fim transformar o ambiente em algo mais saudável, mesmo sendo menino comentou que a sua função era fazer o melhor e não apenas seguir padrões.

O velho homem por fim levanta-se do chão e olha para o menino dizendo, hoje aprendi algo que em minha vida inteira não tive oportunidade de apreender, o conhecimento não está apenas no tempo e sim está também na inovação das atitudes.

A Qualidade está além de um simples papel ,procedimento ou norma, está na da vontade de querer fazer, refletindo exatamente em algo novo com atitude e objetivo.

Pensando nisso o velho seria a vontade aliada ao procedimento, papel ou norma, mesmo tendo boa vontade, e o menino representa a inovação de fazer para melhorar algo, porém respeitando valores importantes.

O velho não está errado em querer ajudar por vontade, mas procurar envolver-se com o problema não é na realidade esconder o mesmo, pois sempre agimos por intuição, e o menino tomou atitude baseada pela razão de um objetivo necessário, onde se tem uma breve relação entre a necessidade de fazer e a busca pela melhoria.

Normas, procedimentos e papeis são necessários, mas a Qualidade está além disso tudo, ela esta na ação diária de algo novo e no comportamento de cada pessoa, pois como seria a sua empresa, se todos fossem preocupados com os problemas, mas a cultura não é de prevenção.

E você o que tem feito? Tampado buracos ou desenvolvendo ações de melhoria?

Por: Zafenate Desidério

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sistemas de Qualidade: uma oportunidade estratégica

Geralmente, quando falamos em sistemas de qualidade, os olhos dos empresários e executivos costumam brilhar. Qual a empresa ou profissional que não deseja ser reconhecido como diferente, principalmente pelo nível de trabalho ofertado à cada cliente?

Mas quando a época é de vacas magras, as coisas costumam não ocorrer sempre assim.

De uma maneira geral, sabemos que um programa de qualidade pode ser visto sempre de duas maneiras.

A primeira como uma regra imposta por organismos, os stakeholders para usarmos a palavra técnica correta. Dentre estes temos: o governo, com suas agências regulatórias, departamentos, normas, regras e leis. Ou ainda, o mercado impondo alto nível de concorrência ou de exigência dos clientes.

A outra forma é ver como uma poderosa ferramenta de marketing capaz de efetivamente diferenciar empresas, colocando cada uma em um determinado tipo de nicho, onde ter um sistema de qualidade impecável realmente faça a diferença entre ter lucro ou ter sucesso.

A diferença entre as duas formas de ver a qualidade é a oportunidade de ampliar o escopo de estratégia. Principalmente se a cultura organizacional estiver envolvida. Em uma, a primeira, a qualidade sempre será vista como custo e imposta por outro. Na segunda, como desafio a ser alcançado da forma mais exata: como opção.

De um lado, os custos. Do outro as oportunidades estratégicas proporcionadas por sistemas que traduzem melhoria e não apenas controle.

Claro que para atingir este patamar de oportunidades estratégicas, é necessário iniciar pelo controle e pela educação. Para saber se o que estamos fazendo realmente está certo e acordo com algum parâmetro e se o conhecimento usado é adequado, moderno, preciso. Nesse aspecto, diversas metodologias ajudam. Do 5S ao Seis Sigma. Mas, a sua maioria requer tempo e estudo...

A forma mais óbvia, prática e de maior velocidade é ter alguma referência. Um Norte. Um conjunto de metodologias testadas e evidenciadas por outras empresas iguais ou de mesma indústria que a nossa, além de referendadas por organismos governamentais e instituições internacionais.

Mas, como disse, qualidade é mais do que controle. É preciso que o programa de qualidade da empresa, baseado no controle e na educação continuada, evolua para um sistema de qualidade capaz de analisar a organização como o sistema complexo que é.

Essa é que a verdadeira oportunidade estratégica fornecida pela ciência da qualidade: criar condições para evolução do sistema de qualidade, aumentando a capacidade das empresas se tornarem cada vez mais competitivas dentro de seu mercado.

Por: Edson Gil de Mattos Júnior

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A importância da qualidade

Por: Carolina Holanda

As mudanças no mundo, em geral, estão cada vez mais contínuas, aceleradas e, principalmente, diversificadas. Isso se deve ao fenômeno da globalização, aos avanços tecnológicos, à preocupação com a saúde e o meio ambiente, entre outros fatores.

Tanto os profissionais como as empresas precisam adequar seu perfil para atender a essas novas mudanças, inclusive se ajustando às exigências do mercado, cada vez maiores. Para superar os novos desafios impostos pela realidade e atender às expectativas dos clientes, as empresas precisam de profissionais competentes e que realizem suas atividades com qualidade.

Mas, afinal, o que é qualidade? Qualidade, na linguagem corporativa, é uma das condições para se ter sucesso e, hoje em dia, significa um dos diferenciais competitivos mais importantes. Ou seja, é um conjunto de características que distinguem, de forma positiva, um profissional ou uma empresa dos demais e que agregam valor ao seu trabalho.

Para se manter competitivo no mercado e ter um diferencial, o profissional precisa realizar suas atividades corretamente. Apenas a qualidade técnica, porém, não assegura o lugar no mercado. O grande desafio do profissional de qualquer área de atuação é saber se relacionar bem (tratar as pessoas adequadamente, mostrar-se disponível e acessível, ser gentil), ter um comportamento compatível com as regras e valores da empresa e se comunicar bem (se fazer entender pelos outros, escrever bem, saber ouvir).

Por fim, vale ressaltar: estamos falando de um conceito dinâmico, ou seja, cada empresa tem o seu. Fique atento: o que representa qualidade para uma empresa não necessariamente o é para outra. Portanto, ao iniciar qualquer experiência profissional, procure entender quais são as competências valorizadas naquele ambiente de trabalho. Investir nelas é o primeiro passo para realizar suas tarefas com qualidade.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Coisas que todo profissional deveria aprender com os músicos

Por: Fabio Brum

1 – Paixão pelo que faz: Nenhum profissional se torna músico por falta de opção. “Não tinha o que fazer foi ser músico”.
Lição para Todos os Profissionais: Você tem que “ser” profissional e não “estar” na profissão. Muitas pessoas “estão” na sua atual profissão por falta de opção ou capacidade em outras áreas. O pior de tudo é que muitas vezes não gostam do que fazem. Dificilmente teremos sucesso profissional fazendo aquilo que não gostamos.

2 – Aperfeiçoamento Contínuo: O músico profissional busca o tempo todo a perfeição. Praticando diariamente horas e horas, estudando seu instrumento. Procurando novas técnicas, timbres, sons, etc.
Lição para Todos os Profissionais: Treinamento contínuo deve ser objetivo de todo profissional. Precisamos buscar constantemente a melhoria técnica e comportamental. Aperfeiçoando o conhecimento sobre produtos, mercado, etc. Isto deve ser feito regularmente e não de vez em quando.

3 – Simulação de Atendimento - Ensaio: Quando o músico está ensaiando com os componentes da sua banda, está acorrendo o que chamados de “simulação de atendimento”. Todas as músicas do repertório serão testadas, dúvidas e desencontros serão esmerilhados, e tudo o que será apresentado para a platéia (clientes) na hora do show, deverá ser executado com perfeição no ensaio.
Lição para Todo Profissional: Muitas vezes perdemos oportunidades porque não simulamos ou planejamos o que iremos fazer, falar ou apresentar aos nossos clientes, sejam eles externos ou internos. É importante realizarmos simulações de atendimento, vendas, projetos e/ou novos produtos. Ensaiar faz com que você faça certo na primeira vez.

4 – Trabalhar em Equipe (Conjunto): Como o próprio nome diz; os músicos trabalham em “conjunto” e sabem que todos dependem uns dos outros para uma boa apresentação. Uma música perde o sentido se algum componente da banda sair da harmonia, melodia ou do ritmo durante a apresentação.
Lição para Todo Profissional: Um verdadeiro profissional deve entender que ele é mais um componente de um conjunto, e o que faz uma empresa forte é uma equipe forte de colaboradores. Portanto trabalhar em conjunto com outros setores da organização é muito importante.

5 – Dar um Show: De nada adianta músicos excepcionais se não apresentarem um verdadeiro show para a sua platéia. O show realmente acontece quando o público aplaude com encanto a apresentação realizada.
Lição para Todo Profissional: É preciso que o cliente fique encantado com nossa atuação. Fazer mais do que as pessoas esperam faz com que nosso desempenho seja reconhecido nos trazendo mais resultados pessoais e profissionais.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

AS EMPRESAS PRECISAM MUDAR PARA SE TORNAREM COMPETITIVAS OU ACABAM SAINDO DO MERCADO

Estamos no século XXI, mundo globalizado, concorrências acirradas e mercado extremamente competitivo. No entanto, atuando como consultora verifico que um grande número de empresas não se preparou, insistem em não se preparar para esse novo mercado e continuam cometendo erros de proporções incalculáveis.
Vejamos alguns exemplos que acontecem no mercado e que demonstram claramente a falta de sensibilidade e transparência de algumas empresas:

1. A empresa “Diga que não estou” – esta empresa é composta de profissionais que não têm transparência, desconhecem princípios de bom atendimento e se esquecem que 68% das empresas deixam de ser clientes por esse motivo.

2. A empresa “Sempre fiz assim” – esta empresa insiste em manter profissionais sem qualificação, enraizados de princípios antigos, não acompanham a evolução do mundo e insistem em fazer do mesmo jeito sempre.

2. A empresa “Vou dar canseira” – esta empresa não conhece o princípio de parceria com fornecedores e insiste em cometer erros atrás de erros sempre achando que essa forma de agir é correta.

Vejamos então uma pequena história que levou aos 8 princípios da Gestão da Qualidade.
Um grupo de especialistas brasileiros em meados dos anos 80 fez um estudo sobre as características comuns às organizações bem sucedidas e consideradas como "ilhas de excelência", nos EUA. Com base neste trabalho, foram identificados conceitos e valores-chave considerados os fundamentos para a formação de uma cultura de gestão voltada para resultados e que deram origem aos critérios de avaliação, estes fundamentos são conhecidos como fundamentos da excelência e são utilizados no Prêmio Nacional da Qualidade.

Os fundamentos são:

 Visão de futuro
 Liderança
 Qualidade centrada no cliente
 Responsabilidade social e ética
 Gestão baseada em fatos
 Participação e desenvolvimento das pessoas
 Abordagem por processos
 Gestão da inovação
 Resposta rápida/ agilidade
 Foco nos resultados e valor agregado
 Aprendizado pessoal e organizacional
 Perspectiva de sistemas

Se você é empresário, profissional de empresa ou pretende iniciar uma carreira pare e pense. Sua empresa trabalha com base nesses fundamentos? Sua empresa faz sempre do mesmo jeito porque sempre deu certo assim? Sua empresa tem um setor de vendas que recebe a solicitação de orçamento e não dá retorno? Sua empresa recebe um orçamento e não dá atenção ao fornecedor? Sua empresa recebe um orçamento que ela mesmo solicitou e não fala com o fornecedor, foge dele, dá canseira e não tem coragem de admitir que não quer o produto ou serviço?

Cuidado, se sua empresa toma este tipo de atitudes e insiste em não mudar então, se prepare, dentro em breve estará fora do mercado.
As empresas que atuam no mercado competem hoje, na sua grande maioria, com empresas do mercado nacional. No entanto, em função da própria globalização, empresas estrangeiras se instalam rapidamente no mercado e “engolem” quem não é ou se torna competitivo. Tem empresas hoje soberanas no mercado, achando que são únicas e se esquecem que o mundo está mudando. Não fazem revoluções culturais, não mudam sua filosofia de trabalho e insistem em continuar desse jeito.
Posso ainda falar com conhecimento de causa sobre empresas que demoram mais de 15 dias para passar um mero orçamento, empresas para quem se passa orçamento porque elas próprias solicitaram e depois fogem, não atendem e tomam posturas até irresponsáveis.
Existem ainda empresas que projetam produtos que até existem na Europa e EUA e criam patentes no nosso país e acabam não aceitando empresas que fabricam equipamentos melhores apesar de terem a mesma finalidade. “Patentes? Desculpem, mas meu produto é melhor do que o seu”. É esta a resposta que tem que ser dada para quem tem medo, para quem acha que pode dominar o mundo, para quem quer ter monopólio, cobra o que quer do cliente, como quer e quando quer. Exemplos? Existem muitos sobre este assunto, é só olhar à sua volta.
Acabou, meus amigos, estamos em outros tempos, o mundo mudou.
Até quando vamos ter que encarar este tipo de empresas no mercado?
Está na hora de você mudar! Procure o olhar externo, aquele que te olha com “olho clínico”, aquele que enxerga o que você não quer enxergar.

Estamos no mercado para atender as empresas que querem mudar, mas aquelas que querem mudar de verdade e não aquelas que dizem que querem mudar mas essa não é a sua vontade.
Deixar projetos de lado, deixar de investir em processos que vão gerar lucratividade para a empresa por se entender que é custo demonstra falta de entendimento ou até desconhecimento dos princípios que regem hoje o mercado.
Vamos acordar! Tenho um amigo que acordou com 52 anos e estava quase se aposentando! Acorde antes de isso acontecer, porque com tanta demora, tanta insistência em continuar com princípios antigos pode ser a grande derrota da sua vida e o tempo passa e não volta atrás.

Consulte a CR Consultoria, temos solução para a sua empresa.
Fazemos o diagnóstico, analisamos a sua empresa e damos a solução através das mudanças que sempre são necessárias e fundamentadas em novas filosofias de trabalho.

Não se esqueça! Sua empresa precisa ser competitiva ou sairá do mercado!

Cecília Rijo – Diretora da CR Consultoria

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

É SIMPLES ASSIM


Texto de Floriano Serra

Floriano Serra
Floriano Serra, psicólogo, consultor de empresas para processos comportamentais, palestrante e articulista, autor de vários livros sobre comportamento humano. É especializado em Análise Transacional e Programação Neuro Linguística. Tem pós-graduação em Marketing. Já foi Diretor Corporativo de Recursos Humanos de várias empresas nacionais e multinacionais. Em 1996, pela sua atuação inovadora em RH, recebeu o Prêmio Destaque RH do Ano, outorgado pela revista Gestão Plus & RH em Síntese. Atualmente Floriano é diretor-presidente do IPAT - Instituto Paulista de Análise Transacional (www.ipat.com.br) e da SOMMA4 Consultoria para Desenvolvimento Pessoal e Organizacional. Com frequência, ministra palestras e seminários comportamentais"in company" em todo o Brasil, presta consultoria em Recursos Humanos e Processos Comportamentais, realiza "coatching" e aconselhamento para executivos e continua escrevendo livros e artigos - inclusive mantendo colunas fixas em algumas revistas e sites.

+ textos de Floriano Serra

Em um grande número de organizações, o que não faltam são as "calamidades" comportamentais, algumas das quais, de tanto se repetirem, tornam-se crônicas e, ao mesmo tempo, folclóricas e motivos de lágrimas e risos nos corredores. Essas calamidades podem diferir na forma, mas todas têm uma coisa em comum: detonam o clima interno, acabam com o respeito aos princípios e aos valores da empresa e, por vias indiretas, comprometem as relações entre os colegas e dificultam o cumprimento dos resultados. Os "jeitinhos" e os "jeitões" constituem duas dessas calamidades - dentre outras.

Comecemos pelos "jeitões". Quem, no seu local de trabalho, não tem ou nunca teve um colega ou chefe com um "jeitão" fora dos padrões civilizados? Tomemos o caso de um gestor que é grosseiro de doer, grita e trata seus colaboradores como se fossem máquinas ou coisas insensíveis e sem auto-estima. E quando alguém mais corajoso decide procurar a Alta Direção para fazer queixa daquele assediador moral em série, ouve do maioral: "Ah, não esquenta com isso! É o "jeitão" dele, mas no fundo é ótima pessoa... E, olha, com esse "jeitão" ele faz o pessoal cumprir todas as metas!". E o gestor, com seu "jeitão" anacrônico, continua pelos corredores à fora machucando impunemente a equipe, protegido pela cultura interna que aprova esse "jeitão eficaz" de atingir resultados...

Anote aí: nas empresas que abrigam essa calamidade, "jeitão" é a nova palavra para definir grosseria, falta de modos e de educação, insensibilidade e total desconhecimento da arte de liderar pessoas. Isso me faz lembrar as palavras do guru em administração Stephen Covey, consultor americano, autor do best-seller "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes", que vendeu mais de 15 milhões de exemplares: "A maioria das lideranças ainda está estancada no modelo de trabalhador em que as pessoas são vistas como coisas a ser controladas e reguladas. Mas hoje é imperativo ter consciência de que as pessoas são feitas de corpo, mente, emoções e espírito". Um bom treinamento em sensibilização - com a Análise Transacional, por exemplo - consegue amenizar e em alguns casos até extinguir esses "jeitões".

Outra calamidade são os "jeitinhos". Diariamente, em muitas empresas, as normas, políticas, regulamentos e diretrizes são criativamente dribladas ou ignoradas por "jeitinhos". São aqueles atalhos e "adaptações" que fogem da estrada principal que conduz ao ponto certo, visando "facilitar" o trabalho de muita gente esperta, que esquecem que isso complica e compromete a vida das organizações.

O "jeitinho" existe onde hajam profissionais sem a devida disciplina, paciência e comprometimento para cumprir as etapas e os passos, às vezes, complexos e burocráticos de algumas tarefas e processos, mas que asseguram a excelência e a legalidade do trabalho. Resultado: os milhões gastos pela empresa em programas e projetos de qualidade, excelência e boas práticas de fabricação descem diariamente pelo ralo do desperdício.

Essas calamidades podem ser anuladas pela própria organização, se sua gestão definir e fizer seguir rigorosamente as corretas práticas de trabalho, se investir no desenvolvimento da maturidade comportamental das equipes e em saudáveis e éticos princípios e valores.

Felizmente, em sua grande maioria, as organizações atuam conforme o figurino, sem permitir a ocorrência dessas calamidades. São as empresas vencedoras - não necessariamente as de maior porte e lucro, mas as de maior ética, melhor clima e aquelas com maior preocupação com seu capital humano. Mas ainda há muita gente que parece esquecer o óbvio: numa empresa ou em qualquer organismo social, nenhum "jeitão" comportamental está acima dos direitos e do bem-estar da coletividade, assim como nenhum "jeitinho" está acima do compromisso com as leis e com a qualidade.

É simples assim.